"Este mês será para vós o princípio dos
meses; este vos será o primeiro dos meses do ano." Ex.12.2-3
É por concordar que transcrevo esta magnifica informação
Embora a ênfase comumente aceita como característica marcante na festa de
Yom Teruah a relacione a Rosh Hashaná, ou seja, o caráter de contagem
de ano, uma espécie de "Reveillon Casher", não é esse o sentido que
consta na Torah para essa importante e significativa data.
Isso
pode chocar muitas pessoas mas, infelizmente o sentido pleno dessa
festa não é corretamente ensinado nas escolas e fontes judaicas e,
raramente é mencionado pelas lideranças religiosas tradicionais.
O
dia que se aproxima é chamado na Torah de Yom Teruá (Dia do Brado) e
não tem qualquer alusão ao calendário ou ao termo Rosh Hashanah; sequer
aparecendo na Torah. Rosh significa cabeça no sentido de
começo/princípio e Shaná ano, literalmente “princípio/começo de ano”.
Evidentemente, esse sentido de Cabeça de Ano foi dado pelos rabinos que, após o exílio da Babilônia, criaram o calendário civil e fizeram essa modificação, colocando o Sétimo mês (conhecido como Tishrei) como sendo o Primeiro mês. Esse calendário tornou-se, então, padrão para todo Israel, e o Sétimo mês comemorado como o Primeiro, a despeito de a Torah referir-se ao Primeiro Mês (onde celebramos o Pessach) como sendo o Cabeça/Rosh do Ano/haShanah .
Evidentemente, esse sentido de Cabeça de Ano foi dado pelos rabinos que, após o exílio da Babilônia, criaram o calendário civil e fizeram essa modificação, colocando o Sétimo mês (conhecido como Tishrei) como sendo o Primeiro mês. Esse calendário tornou-se, então, padrão para todo Israel, e o Sétimo mês comemorado como o Primeiro, a despeito de a Torah referir-se ao Primeiro Mês (onde celebramos o Pessach) como sendo o Cabeça/Rosh do Ano/haShanah .
O primeiro dia do Sétimo Mês é chamado na Torah de Dia do Brado (Yom Teruá). Portanto, a
“idéia de que Yom Teruah seria Rosh Hashanah não é bíblica” mas, deriva
do sincretismo da solenidade bíblica com o festival babilônico do
Akitu.
Sendo
assim, convém-nos aqui fazer uma breve reflexão sobre esta importante
solenidade, à luz das Escrituras, para que se possa celebrar o moed
(solenidade) de forma plenamente bíblica.
- Yom Teruah, segundo a Torah
O início do estudo de Yom Teruah se dá pelas duas passagens da Torah onde Yom Teruá é determinado:
“Fala aos filhos de Israel, dizendo: No mês sétimo, ao primeiro do mês, tereis descanso, memorial com teruá, santa convocação. Nenhum trabalho servil fareis, mas oferecereis oferta queimada a YHWH.”
"Daber el-benei Israel lemor bachodesh hashevi'i be'echad lachodesh yihie lachem shabaton zich'ron teruá micrá kodesh; kol-mechelet avodá lo ta'assu vehikravtem ishe l'YHWH." Vayicrá/Levítico 23:24-25
Algumas
palavras-chaves aparecem na menção desta solenidade. A primeira a ser
observada é a palavra “Shabaton”, e a proibição de “mechelet avodá”,
isto é, trabalho servil. Isso significa que esta solenidade não é um
Shabat completo (chamado biblicamente de Shabat Shabaton), e sim um dia
em que não se exerce ou se usufrui de atividade servil. Para maiores
informações sobre isso, vide o artigo “O Shabat e as Solenidades Bíblicas” no site do grupo TorahViva.
- Toques de Shofar e Trombeta e as Solenidades
É
importante ficar claro ao leitor que existem toques de shofar e de
trombeta que não são específicos de Yom Teruah, mas que se faziam
presentes em toda solenidade bíblica, bem como em outras datas
importantes. Duas passagens devem ser analisadas:
“Semelhantemente, no dia da vossa alegria e nas vossas solenidades, e nos princípios de vossos meses, também tocareis as trombetas [chatsotsrot] sobre os vossos holocaustos, sobre os vossos sacrifícios pacíficos, e vos serão por memorial perante vosso Elohim: Eu sou YHWH vosso Elohim." (Bamidbar/Números 10:10)
Yom
Teruá é tanto um Moed, uma solenidade apontada, quanto é o primeiro dia
do mês, e portanto é também Rosh Chodesh - literalmente,
cabeça/princípio (Rosh) do novo (Chodesh), numa referência ao “novo
mês”. Nunca é demais ressaltar que a expressão “rosh chodesh” é
erroneamente traduzida como “lua nova” nas Escrituras. Isso porque
muitos tradutores cristãos durante muito tempo partiram do pressuposto
de que o calendário mensal hebreu fosse lunar. Hoje, sabe-se que não é
bem assim, e a tradução de “rosh chodesh” como “lua nova” em textos como
Yovelim (Jubileus) e os calendários de Qum’ram tornariam o texto
ambíguo e sem sentido, visto que os meses nessas obras não eram lunares.
Para maiores informações sobre isso, vide nosso material sobre o
calendário de HaShem.
O
texto supracitado afirma que em datas como os moadim e os chodashim,
sobre os sacrifícios do Mikdash (Santuário) eram tocadas as chatsotsrot,
isto é, as trombetas de prata. Vale ressaltar que não eram quaisquer
trombetas, e sim as duas trombetas de prata do Mikdash (Santuário), à
hora dos sacrifícios.
Evidentemente,
sem o Mikdash (Santuário) e sem as chatsotsrot (trombetas) essa mitsvah
(mandamento) é impossível de ser cumprida. Até é possível que se faça
algo simbólico referente a isso, todavia não se pode considerar como
cumprimento da mitsvá (mandamento).
A segunda passagem analisada é a passagem abaixo:
“Tocai a shofar no chodesh [tiku vachodesh shofar], no tempo apontado da nossa festa.” (Tehilim/Salmos 81:3)
Observe
que essa passagem afirma que havia toque de shofar no Chodesh, isto é,
quando havia mudança de mês. Isto se aplica a Yom Teruá, e portanto no
princípio de Yom Teruah, a shofar deve ser tocada para anunciar o início
do sétimo mês.
Todavia,
conforme observado anteriormente, esta passagem se refere a chodashim
(meses) de um modo geral, e não especificamente a Yom Teruah.
Como visto, o termo “teruah” não obriga que haja toque de shofar ou de trombeta, uma vez que pode se referir a vários instrumentos ou mesmo a vozes humanas. O sentido de “teruah” é o de uma comoção, muito mais do que de um instrumento específico.
Como visto, o termo “teruah” não obriga que haja toque de shofar ou de trombeta, uma vez que pode se referir a vários instrumentos ou mesmo a vozes humanas. O sentido de “teruah” é o de uma comoção, muito mais do que de um instrumento específico.
Todavia,
certamente que nos tempos bíblicos, o shofar era instrumento bastante
comum, e certamente estava presente nas celebrações de Yom Teruah, assim
como a trombeta, o címbalo, a harpa e outros instrumentos. Sendo assim,
é pertinente o uso do shofar se desejado, embora não haja
obrigatoriedade além daquela referente ao Chodesh.
- Conclusões
O seguinte pode ser concluído sobre Yom Teruah, a partir da análise das Escrituras:
É fundamentalmente um memorial de júbilo (zich’ron teruah) e portanto é uma data de festividade bastante alegre.
Além do toque típico do Chodesh, não há obrigatoriedade de uso de shofar, embora seja possível fazê-lo.
É uma data em que se faz banquetes de alimentos que sejam agradáveis ao paladar.
Além do louvor ao Eterno, deve haver estudo das Escrituras.
Teruá também simboliza o alarido dos exércitos do Eterno, bem como o júbilo dos israelitas pela vitória vindoura no Dia de HaShem. O Dia de YHaShem marca do dia do retorno de Yeshua.
Apesar dos p’rushim (fariseus) o considerarem um dia terrível e misterioso, pelas Escrituras, Yom Teruah não é nem terrível nem misterioso.
As tradições rabínicas não apenas distorcem o significado de Yom Teruah, como ainda transgridem as Escrituras.
Yom Teruah também representa a alegria pela colheita de verão, que se encerra justamente nessa data.
O principal motivo de comemoração de Yom Teruah é o livramento que os israelitas têm por terem YHWH por Elohim.
O
livramento é tanto de natureza militar, como também do juízo, em
virtude da salvação do justo, o que é particularmente relevante para os
seguidores de Yeshua.
Chag Sameach Yom Teruá!
fontes:
www.torahviva.org
by Ya'el bat Yossef
http://israelitasdocaminho.blogspot.com.br/2011/09/yom-teruah-ou-rosh-hashanah.html
CURIOSIDADES: